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Navios paraguaios são desmontados no Cais Mauá

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A retirada dos navios paraguaios, General Bernardino Caballero e Mariscal José Félix Estigarríbia, do Porto de Porto Alegre começou efetivamente. Esta semana a empresa que arrematou as duas embarcações intensificou a operação de desmanche de um dos cargueiros. O navio General Bernardino Caballero já teve boa parte da sua estrutura desmontada. Na manhã de hoje, 31, o superintendente de Portos e Hidrovias, Pedro Obelar esteve no local para acompanhar parte da operação.

 

Todo o trabalho é acompanhado por uma equipe de engenheiros, entre os quais o engenheiro Naval, Jorge Pena, que assinou o laudo sobre as condições das duas embarcações. O engenheiro Orlando Sanchez, da Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH), designado como fiscal da obra, também integra a equipe. “Há uma preocupação muito grande com a preservação ambiental. O desmanche desses dois navios é uma operação complexa e não pode ser feita com pressa”, alerta Pedro. “O trabalho exige muito cuidado e depende de licenciamentos ambientais importantes para que não haja danos ao meio ambiente.”

 

O superintendente chamou a atenção para o cuidado que a empresa tem tomado com o armazenamento dos resíduos sólidos, com o uso de recipientes adequados para cada tipo de material. Por todo o convés do navio Bernardino Caballero se espalham tonéis com fragmentos de metal. “Este é um cuidado necessário para que o material não caia no rio”, disse.

 

O diretor da Riosul Comércio de Aços e Metais, Ricardo Souza, disse que a empresa cumpre rigidamente os prazos e exigências legais que envolvem o processo de desmanche. “A demora para iniciarmos os trabalhos foi mais em função da espera dos licenciamentos. Alguns documentos demoraram quase 40 dias para serem liberados. Não poderíamos correr riscos de iniciarmos o trabalho sem a documentação necessária”, revelou. Ele acredita que a retirada das embarcações do Cais Mauá acontecerá em setembro, cumprindo o prazo de 120 dias estabelecido no edital do leilão.

 

ANÁLISE

Na tarde de ontem, a empresa responsável pela coleta e análise das amostras da água contaminada que estão nos porões informou, que depois de “vencidas e sanadas as etapas junto à empresa Cetraliq e Pró-Ambiente, o material foi encaminhado para o laboratório, para a realização dos testes necessários”. O engenheiro de segurança, Paulo Ody, repassou a informação à SPH, alertando que “os procedimentos foram adotados, mas que a demora na realização dos ensaios independe dos proprietários das embarcações".

 

O QUE JÁ FOI FEITO

Conforme levantamento feito na manhã desta quinta-feira, já foram removidas cerca de 200 toneladas de material do navio. Conforme o superintendente, Pedro Obelar, entre as peças já retiradas estão parte dos guindastes, tampas dos porões, dois paus de cargas, e bobinas de cabos de aço.

 

As embarcações foram abandonadas pelo governo paraguaio no Porto de Porto Alegre há cerca de 15 anos, após a Marinha do Brasil detectar problemas na segurança para navegação. Para evitar danos maiores ao meio ambiente, o secretário de Infraestrutura e Logística (Seinfra), Beto Albuquerque, encaminhou ainda em 2011 projeto de lei à Assembleia Legislativa propondo o recebimento dos navios, por parte do Estado, em troca das dívidas contraídas. Após negociação entre os governos do Etado e do Paraguai, os dois navios foram entregues ao patrimônio da SPH em troca de uma dívida de quase R$ 5 milhões, e leiloadas no dia 30 de março deste ano.

 

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