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Seminário debate o futuro dos transportes no Rio Grande do Sul

Evento tem como objetivo elaborar uma agenda propositiva para o desenvolvimento do estado

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Secretário dos Transportes, Humberto Canuso, durante seminário realizado na SPGG
Secretário dos Transportes, Humberto Canuso, durante seminário realizado na SPGG - Foto: Leonardo Moraes/SPGG
Por Lucas Barroso/SPGG - Edição: Ascom ST

Foi realizado na tarde desta terça-feira (19), a sexta edição do seminário Futuro RS. O tema debatido foi "Desafios e alternativas para o equilíbrio da matriz modal e para a superação dos gargalos de infraestrutura de transportes no Estado do RS".

O evento, organizado pela Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), tem como objetivo elaborar uma agenda propositiva para construir alternativas para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul.

A abertura ficou a cargo da secretária adjunta da SPGG, Melissa Custódio, que salientou a relevância do planejamento e da disciplina para alcançar os resultados esperados no setor. "Em 2015, iniciamos o Acordo de Resultados, que é uma ferramenta de governança e gestão que abrange todos os órgãos da administração direta e indireta. Ela contribui muito para a área de transportes, estipulando metas e entregas. O conceito que temos é de pensar e fazer diferente. Só assim teremos resultados e as entregas que a população espera do poder público", afirmou.

Um exemplo prático são as obras de duplicação da ERS 118, que interliga a BR-116, em Sapucaia do Sul, até o encontro com a Free Way (BR-290), em Gravataí. A rodovia foi citada durante o evento, na fala do secretário dos Transportes, Humberto Canuso, como projeto prioritário da gestão.

"Elencamos a ERS 118 como prioridade. A partir disso, planejamos todas as etapas, buscamos as verbas necessárias, destravamos as burocracias e estamos avançando em uma obra que era esperada por muito tempo pelos gaúchos. Fora isso, trabalhamos em outras frentes, com o Plano Estadual de Logística e Transporte do RS".

Palestrantes

O engenheiro Vicente de Britto Pereira foi um dos palestrantes do evento realizado nesta terça-feira (19).
O engenheiro Vicente de Britto Pereira foi um dos palestrantes do evento realizado nesta terça-feira (19). - Foto: Leonardo Moraes/SPGG

O engenheiro Vicente de Britto Pereira, vencedor do prêmio Jabuti 2015 com o livro “Transportes: história, crises e caminhos”, abriu as apresentações contextualizando o desenvolvimento dos diversos modais no país. Pereira salientou que, historicamente, o setor tem baixa prioridade nos governos. "É preciso repensar as políticas públicas para a área. Atualmente, os investimentos em transportes no Brasil giram em torno de 0.36% do PIB. Em outros países, com realidade econômicas parecidas com a nossa, como Rússia, Índia, Colômbia, Chile, essa realidade é bem diferente, chegando a alcançar até 4%".

Para Carlos Alvares Campos Neto, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a falta de investimentos em outros modais, como ferroviário e hidroviário, e na manutenção das rodovias é um dos entraves para o desenvolvimento. "Em 2015, o setor privado investiu o dobro que o poder público nas rodovias federais. Isso demonstra que há um potencial para ser explorado em parcerias nessa área, porém, o poder público ainda terá que planejar melhor como manter as suas estradas, assim como tornar atrativo os demais modais".

"O que vamos fazer de diferente do que estamos fazendo?". Essa foi a provocação de Luiz Afonso Senna, professor da UFRGS. Segundo ele, o setor de transportes foi um dos grandes afetados pela crise econômica e necessita se reinventar. "Ainda somos um país pobre em Infraestrutura. Das rodovias brasileiras, apenas 12% são pavimentadas. É um índice muito baixo. Um dos caminhos para melhorar isso é atrair investidores, já que a máquina pública não tem de onde buscar verbas. Só que para isso é fundamental que o poder público tenha credibilidade, com projetos qualificados e que pensem a médio e longo prazo".

Paulo Menzel, da Câmara Brasileira de Logística e Infraestrutura (CamaraLog), encerrou o evento falando dos desafios para modernizar a infraestrutura nacional e aumentar o potencial dos transportes no Estado. "Acredito que necessitamos de um marco regulatório para a área. No modal rodoviário, é fundamental uma maior fiscalização em nossas estradas, assim como uma cultura de prevenção da acidentalidade".  

Conheça mais sobre o projeto Futuro RS

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