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Secretário dos Transportes solicita continuidade das operações ferroviárias no Mercosul durante reunião em Brasília

Westphalen tenta reverter a decisão da Rumo/ALL em paralisar o trabalho alfandegário em Uruguaiana e Santana do Livramento.

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A fim de evitar o fim das operações no Mercosul, a Casa Civil e a ANTT irão conversar com diretores da Rumo/ALLnos próximos dias
A fim de evitar o fim das operações no Mercosul, a Casa Civil e a ANTT irão conversar com diretores da Rumo/ALLnos próximos dias

A empresa Rumo Logística Operadora Multimodal S.A., controladora indireta da concessionária ALL- América Latina Logística Malha Sul S.A., protocolou na semana passada um documento junto à Inspetoria de Porto Alegre, solicitando a extinção do alfandegamento da Malha Sul como Permissionária do Contrato de Permissão para a Prestação de Serviços Públicos de Estadia e Pesagem de Veículos e Unidades de Carga, Movimentação e Armazenagem de mercadorias nos Portos Secos Ferroviários de Uruguaiana e Santana do Livramento.

Ao tomar conhecimento que a Rumo/ALL pretende encerrar os trabalhos no final do mês de janeiro entre Brasil, Uruguai e Argentina, o secretário dos Transportes, Pedro Westphalen, reuniu-se nesta segunda-feira (16) em Brasília, com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha e o assessor técnico do Transporte Internacional da Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT, Dr. Noboru Ofugi, para tentar reverter a situação.

 

Durante audiência no Palácio do Planalto, o ministro Padilha disse a Westphalen que não medirá esforços para que os portos secos continuem operando, e que se necessário, irá tratar politicamente com a empresa, acreditando que a mesma irá rever sua posição. “Para o governo federal não é conveniente a entrega da concessão. O Estado tem meios para suprir, se for o caso, esta deficiência com quadros próprios que poderiam vir a ser deslocados, mas esta é a última hipótese”, afirmou o ministro.

 

O titular da pasta dos Transportes destacou a importância das operações ferroviárias, “se a alfândega não funciona, não entra e não sai carga do país. Desde o início do governo estamos tentando potencializar os modais no Rio Grande do Sul e diminuir o custo logístico, quando você está indo em um sentido de integração com o Mercosul, haver a desativação de um importante meio de transporte, que funciona bem, não é correto” completou Westphalen.

A fim de evitar o fim das operações no Mercosul, a Casa Civil e a ANTT irão conversar com diretores da Rumo/ALL nos próximos dias.

O argumento da empresa restringe-se à ausência de viabilidade econômica, alegando aumento dos custos operacionais, demonstrando desinteresse comercial nas atividades desenvolvidas. Posição questionada pela Secretaria dos Transportes em razão das diversas tratativas para identificação das prioridades de atuação. “Buscamos soluções conjuntas para eliminação dos gargalos do modal ferroviário, sempre visando a maior eficiência na operacionalização do serviço e ampliação dos investimentos na recuperação da malha e nos equipamentos, com foco na melhoria de mercado e no crescimento do modal. O governo continuará pleiteando a continuidade dessas atividades, uma vez que nosso objetivo e diretriz do governador são ampliar a utilização das nossas ferrovias” disse o secretário.  

Um estudo realizado internamente pela Secretaria dos Transportes, com base nos números de operações da empresa, constatou que o Rio Grande do Sul possui volume de carga suficiente. Concluem-se então, que há viabilidade técnica, econômica e social na manutenção das atividades no município de Uruguaiana, importante rota de exportação, ponto de articulação multimodal. A cidade apresenta a única integração ferroviária em atividade com a Argentina.

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