O secretário de Infra-Estrutura e Logística, Daniel Andrade, e o secretário-executivo das Câmaras Setoriais, Erik Camarano, apresentaram, nesta terça-feira (6), para representantes da Agência de Desenvolvimento (EVD) do Ministério da Economia da Holanda, projetos que serão desenvolvidos no Rio Grande do Sul nos próximos cinco anos, causando uma mudança significativa do perfil econômico do Estado. Um deles é o aumento do calado do porto de Rio Grande, de 40 para 60 pés, o que possibilitará receber navios de grande porte e ampliar o comércio com outros países.

Os integrantes da comitiva do governo gaúcho tiveram um encontro para troca de conhecimentos com a diretoria da Royal Boskalis Westminster, uma das maiores empresas de dragagem da Europa. Segundo Erik Camarano, os investimentos que vêm sendo feitos no porto de Rio Grande, aliado a sua posição geográfica privilegiada, deverão transformá-lo no principal pólo naval do pais.

“Esses investimentos já estão acontecendo e, num futuro próximo, pode fazer com que o Rio Grande do Sul tenha realmente um papel de liderança no cenário nacional. Não é ousadia, é possibilidade mesmo”, afirmou Erik Camarano que, durante a apresentação aos holandeses, falou também dos investimentos na área de papel e celulose na região da Metade Sul, e dos investimentos em produção de leite, no norte e noroeste, incrementando a produção do Estado de quatro milhões de litros ao ano para 10 milhões de litros.

Entre as novidades da missão que foi à Europa está a decisão do FMO, o banco de investimento holandês, de investir 10 milhões de euros no fundo de energia renovável da CaixaRS. Os projetos serão discutidos no próximo mês, numa reunião que será realizada em Porto Alegre.

A confirmação do investimento foi dada pelo diretor para a América Latina do FMO, em Haia, sede do governo da Holanda, para a presidente da Caixa RS, Susana Kakuta, que integra a missão gaúcha que está na Holanda para tratar de assuntos de infra-estrutura e logística. O FMO quer investir em projetos inovadores como o de energias renováveis, informou Susana Kakuta. A idéia do banco holandês é participar com 25% do valor dos projetos.

Depois de visitar a Europort Maritime, em Roterdã – a maior feira da Europa -, a missão seguiu para a Seabrex, onde conheceu um terminal de distribuição de frutas onde tudo é computadorizado, da chegada das frutas até os desembaraços alfandegários. Nesta quarta-feira (7), a missão vai navegar no porto de Roterdã, o terceiro maior do mundo, e depois segue para Amsterdam para novos encontros de negócios.