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RS encaminha reivindicações do segmento eólico para União

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As discussões do Encontro Sul-Rio-Grandense de Energia Eólica, ocorrido nesta quinta-feira (27), na Associação Comercial e Industrial de Santana do Livramento (Acil), resultaram em documento que será encaminhado ao ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, com o pedido de realização de leilão específico de energia eólica. A solicitação contém três pontos: quantidade leiloada de 400 megawatts (MW) médios/ano, preço compatível com a tecnologia, em torno de R$ 230 o MW/h, e leilões anuais pelo prazo mínimo de 10 anos. O coordenador da Assessoria Técnica da Secretaria de Infra-Estrutura e Logística (Seinfra), Edmundo Fernandes da Silva, afirmou que o Estado do RS “se responsabiliza pelo incentivo à energia eólica com a implementação da conexão ao sistema nacional de transmissão por intermédio da CEEE”. Ele criticou ainda a ação de ambientalistas devido a impedimentos a projetos de energia eólica, avaliada pelo coordenador como uma fonte limpa. A alegação contrária aos empreendimentos de energia eólica é que esses estariam nas rotas de passagem de pássaros e morcegos.

O assessor técnico da Seinfra, João Carlos Félix, informou que em 2009 será editado um novo mapa eólico do Estado com potencialidades maiores do que o publicado anteriormente, em 2002. “O Estado do Rio Grande do Sul é um dos que têm maior potencial nessa fonte de energia no país”, ressalvou. O potencial eólico gaúcho analisado chega a 22 mil MW consideradas medições anemométricas (velocidade do vento) a 50 metros de altura e passa para aproximadamente 50 mil MW quando a verificação sobe para 100 metros de altitude. As regiões com melhor aproveitamento eólico são Litoral em direção à Fronteira Oeste e Planalto rumo a Noroeste.

O prefeito de Livramento, Wainer Machado, considerou o encontro como uma maneira de mostrar ao governo federal o desejo de se construir um parque eólico para o desenvolvimento da região. “Mas para isso é necessário um leilão com preço competitivo”, observou Machado. O secretário-executivo adjunto do Ministério de Minas e Energia, Francisco Romário Wojcicki, ratificou compromisso do governo da União com o leilão específico para eólica. Conforme Wojcicki, para energia eólica caberiam até 800 MW, o dobro do reivindicado no documento. O presidente do Grupo Fortuny - Energias Renováveis, Antônio Badra, espera que não aconteça outro apagão como o de 2001, para que haja a consolidação do segmento eólico no país. Segundo Badra, existem três projetos de empreendimentos do grupo no RS: 74,8 MW em Livramento, 98 MW em Piratini e 50,5 MW em Jaguarão.

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